domingo, 9 de maio de 2010

FELIZ DIA, MÃE! DO MEU FINITO MUNDO PARA O SEU INFINITO !

 

Para ver a felicidade chegar

 

 cláudia helena villela de andrade


Se esta rua fosse minha,
eu mandaria o carro de boi passar
mugindo  melancolia,
cantando a  singela  moda
do rangido  da carroça.
Se o mundo fosse meu
e  a vida respirasse certezas
eu acharia a tiara de brilhante
perdida no baile da  cidade
no infinito do meu  passado.
Se esta rua fosse minha
e se eu não fosse só um grão,
na rua que nunca foi minha,
eu arrastava esse tempo
para o tempo da minha rua.

Enxugaria a terra,
contorceria a água,
diria que a  areia é fina,
e que Deus  não é ventania.
É um botão de rosa carmim.

Sentaria olhando a praia,
debaixo do céu vermelho,
esperando  cair a chuva fina,
nua como minguante de lua.
Crua de pensamentos e de mim.

Agora o tempo escafedeu-se
o carro é  movido a cavalos.
A rua é uma avenida
A física duvida de Deus
e nem o mundo  é mais meu.


Rua Rodolfo Dantas n 40, Prédio de esquina à direita, nono andar,por coincidência o único andar que tem uma janela aberta. As fotos achei na internet.

Um comentário:

Tania Renato disse...

Céus, que lindoooooo!!!!
Um dia ainda vou escrever assim!!!! beijossssssssssss