Vício
Cláudia Helena Villela de Andrade
Enriquecer aborrece-me,
porque a fartura faz preguiça
numa lengalenga de balanço,
num ritmo de dar gastura.
E o que desejo, passa depressa
em dias de muita precisão.
Mas passa sem desenvoltura
nas noites aperreadas. Solidão.
Pensando no quê mais precisar
se tudo tenho e não divido.
Só quero mesmo é juntar,
dinheiro, pão, egoísmo.
Amor é divino querer,
que, acho, não vou merecer.
Então, o que posso fazer?
Enriquecer, enriquecer.
Enriquecer aborrece-me,
porque a fartura faz preguiça
numa lengalenga de balanço,
num ritmo de dar gastura.
E o que desejo, passa depressa
em dias de muita precisão.
Mas passa sem desenvoltura
nas noites aperreadas. Solidão.
Pensando no quê mais precisar
se tudo tenho e não divido.
Só quero mesmo é juntar,
dinheiro, pão, egoísmo.
Amor é divino querer,
que, acho, não vou merecer.
Então, o que posso fazer?
Enriquecer, enriquecer.
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