PoemAmor
cláudia helena villela de andrade
ANTES DO ATO
Só arfar,
subir a bandeira.
Língua pra lá,
língua pra cá.
É pegar ou largar.
É largar ou pegar,
numa aflição
de acasalar.
Ficar sua
embaixo da lua,
nua feito um careca,
eleva-me,
enleva-me,
leva-me,
Amém.
No ato
Abundamo-nos
de nádegas.
Que lindas!
Contraem-se,
envergonhadas,
para, em seguida,
suarem safadas.
APÓS O ATO
Nuances de nós
ficam nos lençóis
quando terminamos,
meio azul, meio verde,
tão bom, que daltônico.