sábado, 19 de setembro de 2009

Desaguando


Cláudia Helena Villela de Andrade



No alongamento do meu braço, um rio
vezes forte, vezes frágil.
Na extremidade, cinco afluentes
desaguando em oceanos dos
vários continentes.

Águas, corredeiras
pelas pontas dos meus dedos,
brotam, jorram,
sangram, choram
mas não apontam.
Cachoeira lava,
esgota o agouro,
traz a tromba d’água
que vem do fim do mundo
e deposita nas margens do meio
a esperança.

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