Existe uma lenda, que tem passado de geração em geração, sobre as Luzes do Norte e a sua existência. Esta lenda conta que:
Há muitos anos, uma bela raposa avermelhada corria por uma montanha no extremo norte. Estava cansada de tanto correr e de tanto afundar na densa neve. A raposa tinha que descansar; o rabo dela não podia manter-se levantado por muito mais tempo. De repente, enquanto a raposa corria pelas montanhas, seu rabo começou a tocar na neve, criando chispas de luzes e cores.
Existem muitas lendas sobre as Luzes do Norte ou a Aurora Boreal (nome científico). As Luzes do Norte sempre foram respeitadas e, ao mesmo tempo, assustavam as pessoas. Na Finlândia, as pessoas acreditavam que era perigoso dizer o seu nome em finlandês, em voz alta, "revontuli". Segundo uma crença, rir deste fenômeno noturno...podia trazer más consequências!
As renas costumam agrupar-se em grandes números quando as Luzes do Norte aparecem e, pelo visto, até os lobos tem medo e vão com muito cuidado para suas tocas. Para os caçadores, dar uma olhada na Aurora Boreal era uma promessa de ter uma boa vida com muito dinheiro. No entanto, as mulheres deles deviam ficar em casa em silêncio, porque poderiam dizer algo inapropiado enquanto estas fascinantes luzes brilhavam no céu.
Apesar do respeito e medo que tinham os finlandeses da Aurora Boreal, os Sami, os primeiros habitantes da Lapônia, acreditavam que as luzes tinham certos poderes sobre as pessoas. Diziam que se alguém assobiava debaixo das Luzes do Norte, o som acercava-se dela. Também podiam prognosticar o tempo, acontecimentos importantes ou a sorte na caça ou na guerra. As respostas era lidas nas fascinantes bandas de cores.
Cientificamente:
Aurora polar é um fenômeno óptico composto de um brilho observado nos céus noturnos em regiões próximas a zonas polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre. Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como aurora boreal (nome batizado por Galileu Galilei em 1619, em referência à deusa romana do amanhecer Aurora e ao seu filho Bóreas, representante dos ventos nortes), ou luzes do Norte (nome mais comum entre os escandinavos). Ocorre normalmente nas épocas de setembro a outubro e de março a abril. Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como aurora austral, nome batizado por James Cook, uma referência direta ao fato de estar ao Sul.
O fenômeno não é exclusivo somente à Terra, sendo também observável em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Saturno, Marte e Vênus. Da mesma maneira, o fenômeno não é exclusivo da natureza, sendo também reproduzível artificialmente através de explosões nucleares ou em laboratório.