OUTONO
Cláudia Helena Villela de Andrade
Trago o outono dentro deste poema
e recolho suas folhas manchadas de amarelo.
Do outro lado do mundo a primavera sangra.
Flores vermelhas desabrocham-se
em jardins-túmulos.
Crianças desconhecem suas ruas.
Mulheres choram a agonia crônica.
Os homens tornam-se outonos
espalhados pelos ventos
silenciosos
espantados pela morte.
Nenhum botão de rosa branca se abrirá
e a cidade passará à próxima estação.
Quando o inverno, enfim, chegar naquele lugar,
meus pés estarão inchados de tanto verão
e meu coração parado de absurdo.
Não existe inverno em Bagdá?
Mas existirá.
Existirá.
3 comentários:
Seu blog está lindo!!!!!!!!!!!!!!!!1
beijos e beijos..rosa
Um Bagdá.
Um inverno sombrio,
seu poema Claudinha,
pe um cobertor
um alento
é o grito
preciso por lá.
Te adoro
Luiz Delfino
Noooossa ! Tá demais o blog de "Outono" !! E os escritos também !Parabéns , minha amiga !!
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