Comemore de outra forma
Um alerta, na perspectiva do início dos jogos da Copa do Mundo: se você é um cidadão consciente, ambientalista ou não, evite soltar fogos durante a Copa do Mundo...e daquí pra diante. Os fogos de artifícios afetam negativamente a vida dos animais, tanto os domésticos quanto os selvagens, causando transtornos que vão muito além das aparências.
Fogos eventuais já fazem mal. Mas o foguetório intenso de certas ocasiões podem causar tantos danos que seria preciso um tratado de biologia para esclarecer o assunto. Os efeitos são variados, dependendo da espécie animal e do impacto ( de acordo com a proximidade e persistência) do ruído, podendo em alguns casos levar à morte.
Segundo o veterinário João Paulo Ramagem, os cães são extremamente sensíveis aos fogos, pois sua audição pode ser entre 10 a 20 vezes mais sensivel do que a do ser humano. Por isso é bastante comum que os animais fiquem estressados nos dias de comemorações que se caracterizem pela soltura de fogos. Ele cita inclusive acidentes graves, de cães que se cortaram ao atirarem-se contra vidraças, descontrolados pelo ruído.
Apaixonado pelos beija-flores, o empresário Franklin Guanabarino, do restaurante Vernissage, em Penedo, vem fazendo campanha contra fogos nessa época da Copa, pela forma como ele acredita, diante da sua observação pessoal, que isso afeta essas aves. A impressão do Franklin também é confirmada pelo Dr João Paulo Ramagem, de que o estresse provocado pelos fogos afeta a vida selvagem, interferindo inclusive nos ciclos reprodutivos.
Se nos centros urbanos os fogos já afetam visivelmente os animais domésticos, quem tem o privilégio de viver em áreas preservadas ou próximas, tem um compromisso ainda maior de zelar por esses patrimônio, contribuindo para preservá-lo, abstendo-se de soltar fogos. O assunto é amplo, e quem tiver mais informações sobre ele, por favor, me escreva. Antecipadamente agradeço. Por enquanto, conto com a consciência ambiental dos meus leitores.
Célia Borges
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