quinta-feira, 11 de março de 2010

Miniconto





Oca solidão




Cláudia Helena Villela de Andrade


O silêncio encobre os lábios. Beijos não beijam apenas. Matam. As paredes escutam o absoluto badalar das horas no relógio antigo cujo pêndulo está embriagado. No quadro do corredor, a paisagem se afoga num riacho longínquo e desconhecido que vem de algum lugar e vai para lugar nenhum. De um lado para o outro os passos vão e voltam. O coração respira coração e aspira solidão. O beijo é o breu. A  alma...o tic tac bêbado.



2 comentários:

wcastanheira disse...

Uauu um texto interessante, instigante, levou-me á pensar muito, acho q entendi, talvez volte a ler, é um texto questionante, gosto de leituras assim, tipo, pense, gostei pra vc minha linda bjos, bjos e bjosssss

Cissa de Oliveira disse...

Também gostei, Claudin. Um lindo mergulho na prosa poética.

Beijos
Cissa